quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Expurgo, um esboço.

Então, no momento, enfrentando o mesmo problema de sempre desde sempre que no caso concreto é: como é que se começa um texto direitinho? Começar é difícil demais, então, como tenho pressa em expurgar os pensamentos optei pelo caminho da metalinguagem. Sim, é o que temos para hoje. E acho que você deveria é parar de me julgar e ficar bem contente que eu finalmente estou escrevendo aqui de novo. Até porque eu não te devo nada. Ninguém deve nada a ninguém.

Eu deveria estar dormindo mas, cochilei no fim da tarde e muito provavelmente isso causou alguma instabilidade no meu relógio biológico. Nada que uma leitura maçante não corrija, certo? Errado. Dormi, acordei jurando que o dia já havia amanhecido, mas não era nem meia noite ainda. Resolvi voltar para a leitura maçante, a esperança de salvar o semestre, só que sei lá...

Acho que ignorei meus cacos por tempo o suficiente para não saber falar bem sobre eles, eu costumava ser muito boa nisso. Acho que era a ausência de amigos. Minha solidão adolescente me rendeu alguns textos e poemas que acabei destruindo com o tempo, simplesmente por não me reconhecer mais neles. Deveria ter aplicado os ensinamentos de antropologia que aprendi com Prof.ª Formiga, não se deve julgar o passado com a mente presente. Pois bem, vou tentar não jugar meu eu do passado que achou prudente apagar dados históricos da minha vida pessoal.

A coisa toda é que talvez eu tenha esquecido como sentir as coisas e desaprendido a coar a dor e tirar algo de bonito disso. Muito provavelmente esta é a fase mais confusa da minha vida e, como é de se notar, eu não sei o que fazer.

Eu sabia lidar melhor com meus rompantes de tristeza. Agora, enquanto a cidade inteira dorme, estou com os olhos secos e sem rumo.

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